terça-feira, 28 de outubro de 2008

I am Marianne Dashwood!

Take the Quiz here!



Eu tenho muito a protestar, mas pelo menos eu não sou a Emma. E so irmã da Lili, o que explica o blog...

domingo, 19 de outubro de 2008

Como esqueci...

do nosso querido, amado e gostoso Colin Firth? A Lizzie da adaptação da BBC realmente não é lá essas coisas (apesar de muito boa atriz, dessa última vez que vi não me convenceu tanto) mas o Darcy, ai! E, ao contrário da minha companheira investigativa, não gostei de NADA da versão nova de Orgulho e Preconceito, nem daquele Darcy com cara de coruja. Minha opinião sobre ele no final do filme continuou a mesma!

Aqui vemos o galã num daqueles momentos raros e iluminados em que o filme força uma situação que não tem no livro e dá certo. No caso, ele chega em sua propriedade, Pemberley, e resolve nadar no lago, sem saber que a Lizzie tá passeando por lá. Eles se encontram, e ele faz essa cara de "estou desalinhado e isso não é nada sexy em 1810, mas vocês dos anos 2000 não resistem que eu sei". E nós não resistimos mesmo!


Essa cena é só mais uma desculpa pra mostrar ele molhado e com o cabelo despenteado esbanjando charme, assim como a tal cena que aparece a bunda - dessa vez tomando banho na banheira, o que permite uma visualização mais detalhada do homem!

Aliás, acho que esse blogue merecia um post dedicado aos heróis da Jane Austen, sempre maravilhosos, bonitos, ricos e principalmente - ao contrário dos caras no geral - conseguem aprender a ser virtuosos e pessoas melhores com as mocinhas.

Na falta de tempo, destaco somente um ator que me convenceu, apesar da forçação não iluminada dessa versão de Mansfield Park. Não achei uma foto dele sozinho, então vai essa mesmo:

Não farei o post comentando todos os heróis das adaptações da Jane Austen, mas indico mais alguns links bobos:
The Men of Austen e Which Jane Austen Hero are you? e ainda mais um teste: Which Austen Heroine are you?
(Eu saí como Elinor Dashwood no teste da heroína - gosto muito dela, e Frederick Wentworth no de herói - meu eterno preferido!)

austenômetro II

Razão e Sentimento também é minhas adaptação preferida, mas a da BBC. Não vi o filme, só a série. Isso foi antes de decidir que não assisto mais nenhuma adaptação da Jane Auste, aliás. Depois de Orgulho e Preconceito com a magrela parei com essa história. Além da famigerada, odiei o ambiente "século XIX é a maior diversão".



Voltando, eu gostei que na série Razão e Sentimento as duas irmãs são bem jovens. Afinal, caidaça naquela época era a Anne Elliot de Persuasão, com 28 anos, que já tinha perdido a beleza e o vigor da juventude.
O forte do filme é o par Marianne e Willoughby, com aquele ar de bobeira romântica e juvenil. Destaque para ele, que tem um cara realmente ridícula, como podemos ver abaixo. (Não sei o nome do ator, mas é o mesmo que faz o maridinho de Mamma Mia!)


Emma tem mais uma adaptação com a enjoadinha Kate Beckinsale, numa versão também anoréxica. Quem conseguir assistir me avisa, eu não consegui passar dos 10 minutos. Pela foto já dá pra imaginar, né?


Acabo também com o Clube de leitura da Jane Austen. Dá vontade de reler todos os livros e montar um clube mesmo. Além de muito fofo e ainda nos revelou a Ursula Le Guin. Isso que é comédia romântica de verdade...
Indico também outros dois sites que achei nessas andanças: Jane Austen's World e Jane Austen Today.

austenômetro


Precursora do que mais tarde seria conhecido como "comédias românticas caça-marido", a pobre autora inglesa Jane Austen, como Albert Einstein, não tinha idéia do que estava criando. Por esse mesmo motivo, e talvez com um desejo secreto de perturbar o sono eterno desta que foi a autora inglesa mais importante do século XIX (não venha com Emily Dickinson pra cima de mim!), muitos, muitos filmes foram produzidos por roliúde a fim de abalar a sua reputação. Como o amor não tira férias, nós fazemos hoje um serviço para a humanidade listando algumas dessas bizarrices:

Austenômetro: uma qualificação apurada das adaptações de Jane Austen para o cinema, em ordem crescente de bizarrice:

Razão e Sentimento:


Esse filme é a melhor adaptação que eu vi. Foi, inclusive - apesar de que isso não significa muita coisa - Oscar de melhor roteiro em 1995. Acho que a Emma Thompson deve ser uma viciada em Austen desde criança: a primeira versão do roteiro ficou maior que o livro. Deve ser por esse motivo que respeitou as coisas mais importantes em um romance áustenco: a protagonista tem que ser uma quase coroa, no limite de "ficar para tia", a solterice dela, visualmente, tem que ser uma coisa que incomoda todos os padrões sociais. Em suma, uma heroína da Jane tem que ser mais ou menos igual a ela mesma.

Também gosto muito da Marianne, a personagem da Kate Winslet. Até porque eu adoro a Kate Winslet e ela adora a Jane Austen, então é tudo elas por elas.

O capitão não-lembro-o-nome é outro personagem excelente, porque o ator é o professor Snape, do Harry Potter - que depois vai fazer um par romântico com a Emma Thompson em Simplesmente amor. Ele é muito classudo e aquele sotaque, oh my...! Mas, ele não é o mocinho, por isso não é um personagem tão carismático. Aliás, uma coisa que eu acho muito triste a respeito desse livro - e que os outros não têm - é que o final é meio resignatório para a Marianne, que acaba tendo que abrir mão da paixão (ela é o "Sentimento" do título), em busca de alguma razão.

O fraco do filme, inclusive, é o mocinho, nada mais nada menos que o rei, ou melhor, o primeiro ministro das comédias românticas, Hugh Grant - alguém que perde muito carisma quando deixa de ser canalha. Enfim, a aptidão austenística do nosso querido chuchuzinho é o que lhe rendeu o papel em "O diário de Bridget Jones", lutando na lama com o nosso outro bilu-bilu do filme a seguir.

Orgulho e Preconceito:


Não assisti. Mas vi a bunda do Colin Flirth - suspiro! - em um vídeo no youtube, o que faz deste meu segundo austenfilme preferido.



A versão mais recente de Orgulho e Preconceito é quase boa. Escrevi largamente sobre ela, em tom de cólera, no meu outro blogue. Como eu ia dizendo a respeito de Razão e Sentimento, vocês devem se lembrar, as heroínas da Jane Austen são tiazonas, encalhadas, esquisitas - vejam bem as semelhanças com a protagonista deste filme, Keira Knightley, anoréxica, modelo da Chanel, 20 anos. Idêntico, né? Aliás, Keira tem as manhas de estragar filmes inestragáveis such as Piratas do Caribe, em que o Johnny Depp faz todo o trabalho sozinho. Graças a deus ela resolveu que isso não é mais trabalho pra ela. Eu também acho.

Mas, Pride and Prejudice, pra conseguir não ser estragado pela magrela, tem que ter muitas qualidades. E tem. Uma delas é o Mr Darcy, um ator desconhecido que opera fenomenalmente o tão conhecido pela crítica "efeito Darcy". Primeiro você odeia, depois não sabe porque a Lizzie gosta, e depois, ah... oh, Mr Darcy!... Estamos todas suspirando. Já vi isso acontecer diante dos meus olhos muitas vezes e inclusive, i dear say, também comigo.

Bom, além do mocinho, as personagens secundárias são muito boas, principalmente o Mr Bingley, que na minha imaginação não foi melhor.

Mansfield Park:


Primeira reação: loira peituda protagonista da Jane Austen? Como assim? Segunda reação: beleza, é dentuça.

Esse Mansfield Park é muito melhor - corre à boa pequena - que aquele outro, onde a mocinha se transforma em uma rebelde abolicionista. Aliás, nem vi e não me faz falta essa outra versão absurda.

Todos os atores são estreantes, e o filme é meio baixo orçamento, mas às vezes é melhor que essas pretenciosas adaptações roliudianas.


Emma:


Cara, se tem alguém que eu odeio mais que a Keira e a Julia Roberts juntas é a Gwyneth Paltrow. E se tem alguma coisa pior do que ela é ela mais jovem. Emma é uma personagem bem diferente da Jane Austen, porque é aquela mocinha rica arrogante que normalmente humilha suas heroínas. Não é tão carismática, mas o jogo está realmente aí. É lógico que quem escreveu o roteiro não entendeu nada, principalmente porque pra eles não era tão esquisito ver alguém humilhar os outros por causa da sua condição social. Se não deu pra sacar durante o filme - que tem um tom de pilhéria e um mal gosto evidentes -, é só dar play nos extras e ouvir os comentários do imbecil que é este diretor. Outra coisa óbvia é que os atores não leram o romance e frequentemente caracterizam a Jane Austen como escritora de comédia.

Resumir este filme em uma palavra: eca.

Bônus: Becoming Jane



Vocês já repararam que todos as adaptações tem essa faixinha no meio, com o título do filme? Já escrevi sobre isso também, é um fenômeno! tão ou quase maior do que o de roliúde achar que a Anne Hathaway pode fazer todos os papéis da humanidade. E é curioso, também, que nessa Era de atores se trasformarem nos seus personagens, como a Piaf, o Capote, o Jim Morrison, a semelhança da diabo veste prada com a nossa querida dramaturga seja tão... indireta.

O clube de leitura de Jane Austen:


Taí um filmezinho precioso. Pra quem é fã e/ou já passou por todo esse percurso penoso das adaptações janesísticas, O clube de leitura da Jane Austen é um excelente engodo para continuar pensando e sonhando com o universo ficcional que a autora produziu. Não vou contar mais nada, fica de surpresa.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

cai a última esperança

Da Folha:
07/10/2008 - 17h06

Anne Hathaway será Rainha Branca em "Alice" de Tim Burton


Dá pra alguém não fazer um filme com essa mulher???

Mamma Mia!



É comédia romântica? É um musical? É um filme adolescente?

É, contra todas as expectativas, muito bom. ABBA, humor nonsense, Colin Flirth, tudo conflui para que o "comédia" tenha mais peso que o "romântica", o que normalmente faz esse tipo de filme ser melhor do que a média. É infalível!

E, aliás, infalível também é a Merryl Streep, que prova mais uma vez que pode carregar qualquer filme nas costas.

Pra assistir com "O casamento de Muriel" esperando em casa, pra aproveitar a vibe ABBA.